As vendas no comércio registraram um crescimento de 4,7% em 2024 em comparação com o ano anterior, marcando o oitavo ano consecutivo de expansão e a maior alta desde 2012, quando atingiu 8,4%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Mensal do Comércio.
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o aumento anual foi bastante significativo. Mesmo com a queda de 0,1% nas vendas em dezembro em relação a novembro, o IBGE considera esse movimento como estabilidade, sem representar um recuo expressivo. Em comparação com dezembro de 2023, houve um crescimento de 2%.
A média móvel trimestral também apresentou estabilidade, com um comportamento neutro nos últimos três meses do ano. O IBGE destacou que, apesar do resultado de dezembro, o comércio brasileiro ficou 0,3% abaixo do ponto mais alto alcançado em outubro de 2024.
Os fatores que impulsionaram o comércio ao longo do ano incluem a expansão da renda dos trabalhadores, o aumento do emprego e a estabilidade do crédito. No entanto, a inflação e a alta do dólar foram apontadas como obstáculos para um aumento maior das vendas, especialmente em produtos de informática e comunicação.
Em 2024, a inflação fechou em 4,83%, acima da meta do governo, enquanto o dólar teve um aumento de 27% no ano passado. O setor farmacêutico foi um dos destaques, com uma alta de 14,2% ao longo do ano, mantendo uma sequência de oito anos consecutivos de expansão.
Outras atividades que registraram crescimento foram veículos, motos, partes e peças; artigos de uso pessoal e doméstico; material de construção; supermercados; móveis e eletrodomésticos; vestuário e calçados; e equipamentos de informática e comunicação. Por outro lado, as vendas de combustíveis, produtos alimentícios, bebidas, fumo, e livros, jornais, revistas e papelaria tiveram uma diminuição.
A pesquisa do IBGE considerou dados de 6.770 empresas formais do setor de comércio em todos os estados e no Distrito Federal.
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