
Donald Trump permite presença de estudantes chineses nos EUA após acordo comercial
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (11) que permitirá a presença de estudantes chineses em colégios e universidades americanas, após seu governo fechar um acordo comercial com a China.
Trump afirmou em sua rede social Truth Social que o acordo comercial com a China “está feito”, com aprovação final dele e do presidente chinês, Xi Jinping. O acordo aborda a questão dos metais raros produzidos pela China, essenciais para diversos setores da indústria americana, incluindo a bélica.
Proibição a alunos estrangeiros
Recentemente, Trump assinou uma ordem para proibir a Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas dos EUA, de receber estudantes estrangeiros em seus cursos. A China é vista como um dos principais alvos dessa medida, devido ao grande número de alunos do país que estudam nos EUA.
Na ordem executiva, Trump alegou supostas ameaças à segurança nacional e acusou a universidade de ter recebido US$ 150 milhões (cerca de R$ 830 mi) da China. Em resposta, a China prometeu “defender firmemente os legítimos direitos e interesses de seus estudantes” no país.
Na publicação de quarta-feira, Trump fez um gesto a Xi Jinping, afirmando que a presença de chineses estudando nos EUA “sempre esteve tudo bem para mim”.
Conflito do governo dos EUA com Harvard
A proibição de Harvard em aceitar alunos estrangeiros afeta cerca de 7.000 estudantes, correspondendo a um quarto do corpo discente da universidade. Em comunicado, a instituição de 389 anos afirmou que “sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, ressaltando a contribuição significativa desses alunos para a universidade e sua missão.
Harvard classificou a intenção de Trump como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, além de outras leis federais.
Interrupção de vistos
No dia 27, o governo Trump ordenou que todos os consulados dos Estados Unidos no mundo interrompam a concessão de vistos de estudantes. A Embaixada dos EUA no Brasil já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados locais devido a essa decisão.
Até o momento, o governo dos EUA não se pronunciou oficialmente sobre essa interrupção. Há também a consideração de analisar as redes sociais de solicitantes de vistos de estudos, o que levou à suspensão temporária do processo de emissão de novos vistos.
O conflito entre Trump e Harvard tem gerado repercussões significativas no cenário educacional e diplomático entre os EUA e a China, influenciando diretamente a entrada de estudantes estrangeiros em instituições americanas de renome.
Fonte: G1
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