Taxação prejudicial dos EUA contra o Brasil, critica Alckmin


Geraldo Alckmin critica imposição de tarifas comerciais pelos EUA

O vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, expressou sua preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas comerciais sobre as exportações do Brasil. Alckmin considerou essa medida um erro de avaliação por parte de Trump, que anunciou uma taxa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil.

Superávit comercial e tarifas zeradas

Alckmin ressaltou que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil e que a maioria dos produtos que vendem ao país possui tarifas zeradas. Segundo dados americanos, houve um superávit de US$ 7 bilhões em bens e de US$ 18 bilhões em serviços a favor dos EUA no ano passado. Além disso, oito dos dez produtos mais exportados pelos Estados Unidos para o Brasil são ex-tarifários, ou seja, não pagam impostos para entrar no país.

Em suas declarações no Palácio do Planalto, Alckmin enfatizou que a imposição das tarifas comerciais foi um grande equívoco e expressou confiança de que essa situação será corrigida no futuro.

Criticas à família Bolsonaro

O vice-presidente também criticou a família Bolsonaro por disseminar desinformação sobre o Brasil ao governo dos Estados Unidos e por atuar nos bastidores a favor da aplicação das tarifas comerciais. Alckmin lembrou os desafios enfrentados pelo Brasil durante a pandemia de Covid-19, os ataques ao meio ambiente e a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.

“Agora a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e contra o povo brasileiro. Antes era atentado à democracia, agora é um atentado à economia, prejudicando as empresas e prejudicando os empregos. Então, [quero] lamentar profundamente uma ação contra o interesse do povo brasileiro”.

Recorrer à OMC e diálogo com os EUA

Em entrevista à Record TV, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar uma negociação com os Estados Unidos e que será criado um comitê de emergência com empresários exportadores para avaliar a situação e adotar medidas apropriadas. A aplicação da Lei de Reciprocidade Comercial também está sendo analisada como uma possível resposta.

Alckmin reforçou o compromisso do diálogo com o governo dos Estados Unidos, destacando que sempre esteve aberto a essa comunicação, que vinha sendo conduzida diretamente por ele e pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Fonte: Agência Brasil

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