Taiwan testa novo sistema de mísseis dos Estados Unidos em meio a tensões com a China
Taiwan realizou pela primeira vez um teste com um novo sistema de mísseis fornecido pelos Estados Unidos, em uma demonstração de força diante das crescentes tensões com a China. O teste foi conduzido por militares taiwaneses treinados pelos EUA, que dispararam foguetes do centro de testes de Jiupeng, localizado em uma área remota da costa do Pacífico. Com um alcance de cerca de 300 km, esses mísseis poderiam atingir alvos costeiros na província de Fujian, no sul da China, do outro lado do Estreito de Taiwan, em caso de conflito.
“Acredito que este lançamento de foguete mostra ao nosso povo a determinação militar em proteger a segurança do país e salvaguardar nossa bela pátria”, afirmou o oficial responsável pelos testes, Ho Hsiang-yih, a repórteres.
Novo sistema de mísseis Himars dos EUA adquirido por Taiwan
Taiwan adquiriu 29 unidades do sistema de foguetes de artilharia de alta mobilidade Himars, fornecidos pelos Estados Unidos. Esse sistema de ataque é semelhante ao utilizado pela Ucrânia durante o conflito com a Rússia. O teste desses mísseis ocorreu um dia após Taiwan detectar uma “patrulha conjunta de prontidão de combate” realizada por militares chineses perto da ilha, envolvendo aviões e navios de guerra.
O governo de Taiwan rejeita as reivindicações de soberania da China, que considera a ilha como parte de seu território.
Exercícios militares da China aumentam as tensões
No início de abril, a China realizou exercícios militares em larga escala nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan. O porta-voz do comando do Exército chinês, Shi Yi, afirmou que essas operações eram um “alerta severo contra a independência de Taiwan” e tinham como objetivo simular um bloqueio da ilha.
Em resposta, Taiwan mobilizou seus aviões e navios de guerra, além de ativar o sistema terrestre de mísseis de defesa. Autoridades taiwanesas condenaram veementemente os exercícios militares da China, afirmando que ameaçam a paz regional e instando Pequim a parar com a desestabilização da região.
Nos últimos anos, a China tem enviado suas forças para áreas próximas a Taiwan, aumentando as tensões entre os dois territórios separados pelo Estreito de Taiwan. Com a posse do presidente taiwanês Lai Ching-te, em maio de 2024, as disputas se intensificaram. Lai mantém uma postura firme a favor da soberania de Taiwan, o que tem gerado atritos com Pequim. Recentemente, ele se referiu à China como “uma força estrangeira hostil” e propôs medidas para combater a espionagem e infiltração vindas de Pequim.
Fonte: Tecmundo
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