
Fluxo migratório negativo nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo
Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo registraram fluxos migratórios negativos no período de 2017 a 2022. Isso indica que mais pessoas deixaram de morar nesses estados do que aquelas que se mudaram para lá.
As informações são do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas recentemente. Segundo o IBGE, essa é a primeira vez que os dois estados do Sudeste têm um saldo migratório negativo desde que o Censo começou a realizar essa análise, em 1991.
Fluxo migratório em São Paulo
De 2017 a 2022, São Paulo recebeu 736,4 mil migrantes, porém, no mesmo período, 826 mil pessoas deixaram o estado para viver em outras regiões, resultando em um saldo migratório negativo de 89,6 mil pessoas.
As principais origens dos imigrantes que chegaram a São Paulo foram a Bahia e os estados vizinhos Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Enquanto isso, os principais destinos daqueles que saíram de São Paulo foram a Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Fluxo migratório no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro teve um saldo negativo de 165,4 mil pessoas, com 167,2 mil imigrantes chegando ao estado e 332,6 mil emigrando do território fluminense. O estado não teve um fluxo migratório significativo de nenhuma unidade da federação. Os principais destinos daqueles que deixaram o Rio foram Minas Gerais e São Paulo.
O pesquisador do IBGE, Marcelo Dantas, destaca que a questão do retorno ou busca por melhores oportunidades é algo que pode ser estudado e trabalhado.
Outras unidades da federação
Além do Rio de Janeiro e São Paulo, outras 16 unidades da federação tiveram saldo migratório negativo, com destaque para o Maranhão, Distrito Federal, Pará e Rio Grande do Sul.
Por outro lado, nove estados apresentaram saldo migratório positivo, sendo Santa Catarina o líder com um saldo de 354,3 mil pessoas. Os outros estados com saldo positivo foram Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Comparação de fluxos migratórios
Comparando os fluxos migratórios de 2017 a 2022 com o período de 2005 a 2010, nove unidades da federação deixaram de atrair imigrantes e passaram a ter saldo negativo. Minas Gerais, Paraná e Paraíba, por outro lado, passaram a atrair mais imigrantes.
Em relação às grandes regiões, o Sudeste e o Norte passaram de regiões atrativas a regiões de emigração, enquanto o Nordeste continua sendo um polo de emigração, mas com um saldo negativo reduzido. O Centro-Oeste permanece como uma região que recebe imigrantes, e o Sul aumentou consideravelmente seu saldo positivo.
População
O Centro-Oeste era a região com a maior proporção de pessoas nascidas em outros locais do país ou no exterior em 2022. Já o Nordeste tem 96,7% de sua população formada por pessoas nascidas na região.
Fonte: Agência Brasil
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