
Falha no planejamento de recepção e monitoramento dos torcedores do Peñarol no Rio de Janeiro
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, admitiu que houve uma falha no planejamento de recepção e monitoramento dos torcedores do Peñarol, que resultou na detenção de mais de 200 pessoas após tumultos generalizados na praia do Recreio, zona oeste da capital fluminense. Os incidentes incluíram incêndios, furto, episódios de racismo, depredações e confrontos com a Polícia Militar.
Segurança Pública em foco
Em coletiva de imprensa, o secretário afirmou que a segurança pública é sua responsabilidade e destacou a necessidade de rever o processo, identificar falhas e corrigi-las, aprendendo lições importantes. Santos ressaltou que a segurança pública não é uma equação matemática previsível e que, às vezes, eventos como esse fogem ao controle.
Causas do tumulto
Victor Santos explicou que os problemas foram gerados pelos torcedores que estavam em três ônibus não comunicados às autoridades, termo conhecido como “desgarrados”. Será investigado se a falha na comunicação foi do Peñarol, da torcida ou do consulado uruguaio para a secretaria. O secretário admitiu a subestimação do efetivo policial diante do histórico de incidentes envolvendo essa torcida.
Reforço policial e detenções
O efetivo policial foi reforçado para o jogo entre Botafogo e Peñarol, na Copa Libertadores da América. Os mais de duzentos torcedores detidos foram encaminhados para a Cidade da Polícia, onde estão temporariamente alocados em um auditório, sob supervisão. Entre os detidos, há idosos e crianças, que não poderão assistir ao jogo.
Apuração e responsabilização
As responsabilidades pelo tumulto estão sendo apuradas pelo delegado responsável, que determinará as condutas criminais individuais. Até o momento, dois torcedores estão presos em flagrante por furto e porte de arma. Também há indícios de crime de racismo e depredações, que estão sendo investigados pela polícia.
Orientação da Secretaria de Segurança
A secretaria orienta que os trabalhadores da orla que tiveram bens depredados registrem um boletim de ocorrência e solicitem indenização ao governo do Estado. Ainda é necessário aguardar a denúncia da vítima e a identificação dos criminosos para confirmar casos de racismo e outras condutas ilícitas.
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