ONU pede aumento de ações climáticas para conservação marítima
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, emitiu um “SOS global” nesta segunda-feira, pedindo que os governos internacionais intensifiquem as ações climáticas, especialmente em relação à conservação marítima. O alerta surge após dois relatórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e do Time de Ação Climática da ONU apontarem que os níveis de elevação do mar estão ameaçando as ilhas do oceano Pacífico.
Impactos devastadores do aquecimento global
De acordo com os estudos realizados pelos órgãos da ONU, o aquecimento global está acelerando as mudanças no oceano, com impactos devastadores. A temperatura continua a bater recordes de alta, o que torna urgente a necessidade de ações concretas para evitar danos irreversíveis ao meio ambiente.
Necessidade de cortes nas emissões para combater a elevação marítima
Guterres destacou que, sem cortes dramáticos nas emissões de carbono, as ilhas do Pacífico enfrentarão uma elevação de pelo menos 15 centímetros nos níveis do mar até meados do século, além de mais de 30 dias por ano de enchentes em alguns locais. Essas projeções alarmantes reforçam a urgência de medidas efetivas para limitar o aumento da temperatura global.
G20 e economias globais são fundamentais para novas ações climáticas
O secretário-geral da ONU pediu que o grupo das vinte maiores economias globais (G20), bem como outras economias relevantes, se comprometam com novas ações climáticas. Guterres ressaltou a importância de planos claros de contribuições nacionais determinadas para reduzir as emissões de carbono, aumentar a capacidade de fontes renováveis e melhorar a eficiência energética, além de eliminar o desmatamento até 2030.
Além disso, Guterres salientou a necessidade de as nações mais ricas cumprirem suas promessas, incluindo a criação de um fundo adaptado até 2025 para financiar anualmente pelo menos US$ 40 bilhões em inovações climáticas. O apoio financeiro para auxiliar ilhas do Pacífico e outros países vulneráveis a repararem os danos causados pelas mudanças climáticas também foi enfatizado pelo secretário-geral da ONU.
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