
Atos contra e a favor do resultado eleitoral agitam a Venezuela e o mundo
Este sábado (17) foi mais um dia de intensos atos contra e a favor do resultado eleitoral anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou a reeleição do presidente Nicolás Maduro na votação de 28 de julho.
Oposição se manifesta em diversas cidades
A oposição convocou e realizou atos em várias cidades ao redor do mundo, liderados pelas campanhas de Edmundo González, contestando o resultado eleitoral. Manifestações foram registradas em países como Austrália, Espanha, Inglaterra, México e várias cidades venezuelanas.
Em Caracas, a principal manifestação, chamada de “Grande Protesto Mundial pela Verdade”, ocorreu sob a liderança de María Corina Machado, que discursou para uma multidão. O foco agora, segundo Corina, é exigir respeito pelo voto do povo.
Luta por reconhecimento
Corina enfatizou: “Que o mundo e todos na Venezuela reconheçam que o presidente eleito é Edmundo González.” A oposição denunciou prisões arbitrárias e repressão, com mais de 1,3 mil detidos e mais de 20 mortes. Por outro lado, o governo afirma combater grupos criminosos que têm atacado prédios públicos e autoridades, resultando em fatalidades e feridos.
O candidato Edmundo González se pronunciou em vídeo nas redes sociais, afirmando que as manifestações são essenciais para fazer valer a decisão democrática tomada no dia 28 de julho.
Mobilizações pró-Maduro
Por outro lado, atos a favor do presidente Nicolás Maduro foram registrados em várias cidades venezuelanas, com transmissão pelas emissoras estatais. Caravanas de motocicletas em Caracas e uma marcha até o Palácio de Miraflores foram alguns dos eventos destacados, com a participação de líderanças chavistas.
Rafael Gárcia, trabalhador entrevistado pela VTV, expressou seu apoio a Nicolás Maduro: “Estamos aqui apoiando nosso presidente contra o fascismo, imperialismo e contra aqueles que não aceitam o resultado eleitoral. Queremos viver em paz.”
Perícia eleitoral em andamento
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela anunciou que iniciou a perícia de todo o material eleitoral entregue pelo CNE e pelos partidos e candidatos da eleição presidencial. A oposição contesta a vitória de Maduro, alegando irregularidades e fraudes.
Organizações internacionais e diversos países questionam a transparência do pleito, enquanto a oposição alega ter mais de 80% das atas eleitorais que, segundo eles, mostram a vitória de Edmundo González. O governo venezuelano, por sua vez, acusa a oposição de falsificar os documentos.
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