
Protesto em São Paulo reúne centenas em defesa do direito à moradia
Centenas de pessoas participaram de um protesto no centro da capital paulista, nesta quarta-feira (11), em defesa do direito à moradia e contra despejos. O ato contou com a presença de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento pelo Direito à Moradia (MDM), da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) e da campanha Despejo Zero.
Protesto pacífico e reivindicações
Com bandeiras, camisetas e adesivos, os manifestantes marcharam até a sede da prefeitura, acompanhados por um carro de som. Lideranças dos movimentos cobraram que as gestões municipal e estadual abram mesas de negociação, criticaram ações policiais truculentas na remoção das famílias de ocupações e afirmaram que as comunidades irão às ruas pelo direito de ter moradia digna.
Desmanche da Favela do Moinho e pressão por moradia digna
O tema da habitação ganhou destaque em São Paulo após o desmanche da Favela do Moinho. O governo paulista planeja transformar o local em um parque e em uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As alternativas de moradia oferecidas pelo governo estadual às famílias que viviam no local foram alvo de críticas e protestos dos moradores. Após pressão da comunidade, o governo federal e a gestão de São Paulo firmaram um acordo para garantir que os habitantes da Favela do Moinho possam adquirir imóveis de até R$ 250 mil, com a condição de não haver violações dos direitos dos moradores nas remoções.
Violência e enchentes na comunidade do Jardim Pantanal
A comunidade do Jardim Pantanal enfrentou a perda parcial ou total de casas devido a enchentes, além de episódios de violência quando os moradores tentavam se cadastrar para receber benefícios. Essas situações evidenciam a urgência da luta por moradia digna na região.
Relato de moradora da Ocupação Jorge Hereda
Em entrevista à Agência Brasil, Maria dos Remédios Gomes, doméstica que reside na Ocupação Jorge Hereda, relata sua experiência. Moradora de São Paulo há quatro décadas, Maria conta que, devido à impossibilidade de pagar um imóvel alugado, passou a viver em ocupações. Ela expressa o desejo de ter sua casa própria e o medo das incertezas que rondam a vida em ocupações, destacando o receio de operações policiais que possam resultar na remoção das famílias.
Conclusão
O protesto em São Paulo reforça a importância da luta pelo direito à moradia digna e evidencia as demandas urgentes das comunidades em situação de vulnerabilidade habitacional. A mobilização dos movimentos sociais e a pressão sobre as autoridades são essenciais para garantir que as políticas públicas atendam às necessidades dos cidadãos e promovam o acesso a moradias seguras e adequadas.
Fonte: Agência Brasil
Já segue o macuxi nas redes sociais? Acompanhe todas as notícias em nosso Instagram, Twitter, Facebook, Telegram e também no Tiktok