Projeto forma camelôs e investiga saúde no Rio

Projeto de Pesquisa e Formação em Saúde para Camelôs do Rio de Janeiro

Trabalhar debaixo de sol quente, em pé por muitas horas, sem acesso a banheiro público ou a alimentação adequada. Essas são as duras condições enfrentadas diariamente pelos camelôs que atuam na cidade do Rio de Janeiro. O trabalho exaustivo tem impactos significativos na saúde física e mental desses trabalhadores.1746831149 523 ebc

Projeto de Pesquisa e Formação

Para investigar os impactos dessa realidade e fornecer formação aos trabalhadores para que conheçam seus direitos, o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh-Fiocruz) e o Movimento Unido dos Camelôs (Muca) lançaram o Projeto de Pesquisa e Formação em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Camelô da Cidade do Rio de Janeiro.

Pesquisa de Campo e Formação

O projeto terá duas frentes. A primeira consiste em uma pesquisa de campo para identificar os principais agravos e doenças relacionados à atividade dos camelôs. Os próprios camelôs participarão como bolsistas, com um grupo já treinado para auxiliar na condução do estudo.

A segunda frente envolve a formação de cerca de 100 trabalhadores informais. A coordenadora do Cesteh, Rita Mattos, destaca a importância de orientá-los sobre seus direitos, os serviços disponíveis na cidade e a importância de cuidar da saúde. Ao final, será produzido um material formativo com base nas necessidades identificadas durante os encontros.

Os 100 trabalhadores selecionados serão multiplicadores, compartilhando as informações adquiridas com outros camelôs.

Direitos e Saúde do Trabalhador

É fundamental que os trabalhadores informais conheçam seus direitos, especialmente em questões de saúde relacionadas ao trabalho. Rita Mattos ressalta que nesse contexto, é essencial a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e o acesso aos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Impactos na Saúde dos Camelôs

A líder do Muca, Maria de Lourdes do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, destaca a importância do projeto para os trabalhadores. A partir dos estudos realizados, será possível lutar por políticas públicas mais adequadas.

Maria do Carmo enfatiza que os camelôs desempenham um papel fundamental na economia, fornecendo produtos essenciais para a população. No entanto, os desafios enfrentados no dia a dia são significativos e podem comprometer a saúde desses profissionais.

Maratona do Dia a Dia

Daílton Fontes, conhecido como Dadá Corredor, relata sua experiência como camelô e os desafios enfrentados. Ele destaca os problemas de saúde decorrentes da falta de alimentação adequada e hidratação, que o levaram ao hospital em diversas ocasiões.

Dadá Corredor ressalta que muitos trabalhadores informais não têm escolha a não ser atuar nesse contexto, devido à falta de oportunidades formais de emprego. Ele compartilha seus sonhos pessoais e profissionais, incluindo a participação na Maratona do Rio representando o Muca.

Fonte: Agência Brasil

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