
Operação-padrão da Abin não deve afetar segurança do Concurso Público Nacional Unificado, diz Ministério
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmou que não prevê alterações na operação de segurança para a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), marcado para 18 de agosto, apesar da operação-padrão dos servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciada na segunda-feira (22).
Contexto da Operação-padrão
Operações desse tipo são comuns em atividades administrativas com rigor excessivo e podem causar morosidade na prestação de serviços. No caso da Abin, a operação-padrão foi deflagrada após impasses entre o governo federal e os servidores do órgão em relação ao reajuste salarial e a reestruturação de carreiras.
A resposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos à Agência Brasil ressaltou que a coordenação-geral do concurso unificado está em contato com a Abin para questões relacionadas ao certame e garantiu que não há indicativo de modificação que comprometa a segurança da realização do CPNU.
Rede de segurança
O ministério destacou que coordena a rede de segurança do processo seletivo em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública, contando com efetivos da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, secretarias de Segurança Pública estaduais, Fundação Cesgranrio, Correios e profissionais da Abin na composição da rede.
Por outro lado, o sindicato dos oficiais e técnicos da Abin discorda do posicionamento do MGI sobre a continuidade da operação-padrão durante o CPNU, ressaltando a importância da agência na segurança e logística do processo seletivo.
Negociações em curso
O MGI e as entidades representativas dos servidores da Abin se reuniram recentemente para discutir reivindicações de reestruturação de carreiras e reajustes salariais. O governo apresentou uma proposta de reajuste que prevê ganhos acumulados de 14,5% a 25,3% até 2026, buscando atender as demandas da categoria.
No entanto, a Intelis, representante dos servidores, criticou a proposta do governo e anunciou a operação-padrão, afirmando que o órgão não pode mais garantir a segurança e atender às demandas da população diante da falta de recomposição salarial adequada.
Próximos passos
Uma nova rodada de negociações está agendada para esta quarta-feira na sede do Ministério em Brasília, buscando resolver os impasses entre servidores e governo em relação às questões salariais e de carreira na Abin.
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