
Operação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami destrói equipamentos e estruturas
Uma operação realizada no mês de junho contra o garimpo ilegal em áreas da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, resultou na destruição de equipamentos, aeronaves e infraestrutura utilizada por quadrilhas que exploram irregularmente a região.
Balanço da operação
De acordo com informações divulgadas pela Casa de Governo de Roraima na quinta-feira (3), os resultados da operação incluíram a inutilização de duas aeronaves, duas pistas de pouso clandestinas, 14 acampamentos ilegais, 67 barracos, 12 cozinhas, seis geradores, rádios e baterias, motores, mangueiras, cordas e uma embarcação.
Além disso, foram apreendidas nove placas solares, 600 gramas de mercúrio, antenas para internet via satélite, uma arma de fogo e 118 munições de calibre .40, .20 e .16.
Operação Asfixia
Denominada de Operação Asfixia, a ação ocorreu entre os dias 9 e 29 de junho, mobilizando equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As equipes atuaram tanto em áreas fluviais quanto em estradas dentro da terra indígena, com base de operações instalada na pista do garimpo do Rangel. A partir desse ponto, foram realizadas ações aéreas, fluviais e terrestres em toda a região do Rangel. O Comando Conjunto Catrimani II teve atuação contínua no Rio Uraricoera, com patrulhamento fluvial e destruição de estruturas ilegais.
As pistas clandestinas Mukuin e Noronha, consideradas estratégicas para o garimpo ilegal, foram inutilizadas durante a operação. Além disso, houve o bloqueio do Rio Couto Magalhães, visando interromper uma das principais rotas de abastecimento fluvial utilizadas pelos invasores.
A fiscalização contou com o apoio de drones, que ampliaram a vigilância e dificultaram a mobilidade dos infratores. Barreiras policiais foram montadas em pontos estratégicos e rotas críticas, com abordagens a veículos suspeitos. Durante uma dessas abordagens, foi flagrado um automóvel transportando combustível e alimentos de forma irregular.
Novas fases de combate
Com o término da operação, os órgãos envolvidos já se preparam para novas fases de combate, com foco no uso de tecnologia de monitoramento, repressão financeira às redes criminosas e presença permanente em pontos estratégicos. O objetivo é consolidar de forma definitiva a desintrusão da Terra Indígena Yanomami, mantendo as áreas livres de reocupação garimpeira.
A Casa de Governo de Roraima, instituída em fevereiro de 2024, tem a função de coordenar e monitorar a execução do Plano de Desintrusão e de Enfrentamento da Crise Humanitária na Terra Indígena Yanomami. Localizada em Boa Vista, a capital do estado, a Casa também gerencia crises relacionadas à implementação de políticas públicas emergenciais e permanentes na região, atuando em conjunto com as esferas federal e estadual.
Fonte: Agência Brasil
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