Novas descobertas no campo da neurociência revelam conexões entre emoções e memória



Recentes estudos no campo da neurociência têm trazido novas descobertas sobre a relação entre emoções e memória no cérebro humano. Pesquisadores têm explorado como as emoções influenciam a formação e a recuperação de memórias, revelando conexões intrigantes que podem ter impacto em diversos aspectos da vida cotidiana.



Um dos principais achados desses estudos é a influência das emoções na consolidação da memória. Pesquisas mostram que eventos emocionalmente carregados tendem a ser mais bem lembrados do que eventos neutros, devido à ativação de áreas específicas do cérebro responsáveis pela regulação emocional e pela formação de memórias.



Além disso, os pesquisadores descobriram que as emoções podem modular a forma como as memórias são recuperadas. Por exemplo, a lembrança de um evento negativo pode desencadear respostas emocionais intensas, enquanto a lembrança de um evento positivo pode trazer sentimentos de felicidade e bem-estar.



Essas descobertas têm importantes implicações para áreas como psicologia, psiquiatria e neurologia, uma vez que ajudam a compreender melhor como as emoções afetam a forma como lembramos e processamos informações no cérebro.



Aplicações práticas



Além do impacto na compreensão do funcionamento do cérebro, essas descobertas têm aplicações práticas em diversas áreas. Por exemplo, no campo da educação, entender como as emoções influenciam a memória pode ajudar educadores a desenvolver métodos mais eficazes de ensino e aprendizagem.



Da mesma forma, na área da saúde mental, essas descobertas podem contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para transtornos relacionados à memória e às emoções, como o estresse pós-traumático e a depressão.



Além disso, no campo da publicidade e do marketing, o conhecimento sobre a relação entre emoções e memória pode ser utilizado para criar campanhas mais eficazes e impactantes, que sejam capazes de gerar uma resposta emocional positiva nos consumidores.



Desafios e perspectivas futuras



Apesar dos avanços recentes, ainda há muitos desafios a serem enfrentados no estudo da relação entre emoções e memória. Por exemplo, a complexidade do cérebro humano e a diversidade de fatores que influenciam a formação e a recuperação de memórias tornam o campo da neurociência emocional um terreno fértil para novas pesquisas e descobertas.



Para o futuro, os pesquisadores esperam explorar ainda mais a interação entre emoções e memória, buscando compreender como diferentes tipos de emoções (positivas, negativas, neutras) afetam o processo de formação e recuperação de memórias no cérebro.



Além disso, novas tecnologias, como a ressonância magnética funcional, têm possibilitado a observação direta da atividade cerebral durante a formação e a recuperação de memórias emocionais, o que abre novas oportunidades para o estudo desses processos complexos.



Conclusão



Em resumo, as recentes descobertas no campo da neurociência emocional têm revelado conexões fascinantes entre emoções e memória no cérebro humano. Esses estudos têm o potencial de transformar nossa compreensão sobre como lembramos e processamos informações, além de abrir novas possibilidades para a aplicação desses conhecimentos em diversas áreas da ciência e da sociedade.


Candidatos negros reintegrados ao Concurso Público Nacional Unificado

Dos 32.260 candidatos que voltaram a disputar vagas no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conforme anunciado nesta quinta-feira (21), cerca de 30 mil são concorrentes a vagas reservadas a negros. A reintegração dos cotistas negros ao certame ocorre porque o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) irá garantir a correção da prova discursiva ou redação, em quantidade equivalente à dos candidatos de ampla concorrência. O número exato dos candidatos negros ainda será divulgado pela Fundação Cesgranrio, a banca examinadora do certame.

Cumprimento de regras

Em nota, o MGI disse que o acordo judicial firmado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), entre a União, o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Cesgranrio foi motivado pela “controvérsia sobre o número de provas discursivas corrigidas para candidatos de cotas raciais para pessoas negras, inferior ao previsto [no edital]”.

A ampliação do número de provas corrigidas de candidatos negros chega para adequar o processo seletivo ao que determina a Instrução Normativa do MGI nº 23/2023. A norma disciplina a aplicação da reserva de vagas a pessoas negras em concursos públicos, prevista em lei federal (nº 12.990/2014).

Além disso, a decisão do MGI também leva em consideração o subitem 7.1.2.2.1 de cada um dos editais dos oito blocos temáticos do chamado Enem dos Concursos. A regra estabelece que, em todas as etapas do certame, o número de candidatos às vagas reservadas às pessoas negras considerados aprovados será igual ao número de candidatos considerados aprovados na lista de ampla concorrência, desde que atinjam a nota mínima nas provas objetivas, para não serem eliminados.

A consultora jurídica do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) Karoline Busatto disse, em entrevista coletiva, na quinta-feira (21), em Brasília, que a equiparação ocorreu após recomendação do Ministério Público Federal e, também, depois das solicitações de grupos de pessoas negras para que a pasta corrigisse o descumprimento do edital. Karoline justificou que a medida tem o objetivo de dar transparência, continuidade e segurança jurídica ao concurso.

“O caminho seguinte seria a ação civil coletiva. Então, por bem, entendemos já pacificar, incluir no acordo com o próprio Ministério Público Federal e resolver este ponto também antes que ele se tornasse um ponto de judicialização maior”, admitiu Karoline Busatto.

Repercussão da reintegração de candidatos negros

O Coletivo de Servidoras e Funcionárias Negras do Poder Executivo federal foi um dos grupos que enviou uma carta aberta ao MGI detalhando que muitos candidatos cotistas raciais, mesmo com notas suficientes, foram eliminados indevidamente, pois suas redações não foram corrigidas, conforme estipulado no edital.

A servidora pública federal Letícia Cirqueira de Oliveira, atualmente cedida ao Ministério de Minas e Energia (MME) e membro do coletivo entende que muitos candidatos negros foram beneficiados pela reintegração ao certame que cumpre os editais do CNU. “Com notas de cortes tão aproximadas, eu acredito que muitos candidatos negros possivelmente irão para ampla concorrência, liberando mais vagas para outras pessoas negras, possibilitando a efetiva representação que tanto queremos.”

Outra integrante do Coletivo de Servidoras e Funcionárias Públicas Negras, a servidora pública federal Maryangela Santos celebrou a inclusão de candidatos negros, a partir do acolhimento da carta encaminhada. Segundo ela, o coletivo se preocupa com candidatos que não têm acesso ao Poder Judiciário, devido à falta de tempo, de estrutura ou de dinheiro. “Temíamos que muitos candidatos ficassem no prejuízo, causando até agravos emocionais para os próximos concursos.”

Além da possibilidade de aumentar as chances de aprovação de candidatos negros, Maryangela Santos vê na medida do MGI um resgate da credibilidade do CNU como política pública afirmativa para os candidatos. “Como não seria cumprido um edital com uma política tão importante como essa? Como ficaria a insegurança que surgiria nos próximos concursos e no próximo CNU?”, questionou.

“A importância da política pública [afirmativa] é ela se fazer cumprir para que a sociedade acredite nela e para que funcione de fato. E este concurso, como é defendido pelo MGI, é o concurso da diversidade”, destacou Maryangela Santos.

Nove vezes

Os editais do CNU já garantem a correção das provas discursivas multiplicada por nove vezes o número de vagas imediatas para cada cargo. Isso vale para a ampla concorrência, para candidatos negros, pessoas com deficiência e também indígenas.

O coordenador-geral de Logística do Concurso Nacional Unificado no MGI, Alexandre Retamal, explicou, na quinta-feira, que a correção de nove vezes o número de vagas já atenderia à política social para cotistas negros.

Ampliação na correção de provas discursivas para candidatos de cotas raciais em concurso público

Uma mudança significativa está acontecendo no cenário dos concursos públicos no Brasil. A Instrução Normativa (IN) nº 23/2023 determinou que o número de redações corrigidas de candidatos de cotas raciais seja o mesmo da ampla concorrência. Karoline Busatto, consultora jurídica, ressaltou que essa ampliação ocorreu devido a uma retificação no edital do Concurso Nacional Unificado (CNU) em fevereiro deste ano.

Letícia Cirqueira, servidora e candidata do concurso unificado, destaca a importância de garantir a igualdade entre candidatos negros e da ampla concorrência em todas as fases do certame. Decisões judiciais de tribunais superiores e a própria norma produzida pelo Ministério da Gestão Interna (MGI), a IN 23/2023, orientam as bancas de concursos sobre a reserva de vagas para pessoas negras.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) entendem que, em concursos de várias fases, é essencial que a administração pública assegure a igualdade em todos os momentos, não apenas ao final do processo seletivo.

Ações afirmativas e reserva de vagas para pessoas negras

No atual certame para 21 órgãos da administração pública federal, 415.496 candidatos se autodeclararam pardos e pretos, concorrendo a vagas reservadas às cotas raciais. Essa prática de reserva de vagas para pessoas negras em concursos públicos é garantida desde 2014 pela Lei nº 12.990, que destina 20% das vagas oferecidas nos processos seletivos a esse público.

A IN 23 do MGI, de 25 de julho de 2023, complementa a legislação existente e estabelece os procedimentos de heteroidentificação, que consistem na verificação da condição étnico-racial de uma pessoa por meio de uma comissão de avaliadores. Com o novo cronograma divulgado em 23 de dezembro, os candidatos negros aprovados nas fases anteriores do concurso serão convocados para o procedimento de verificação da condição autodeclarada para concorrer às vagas reservadas aos cotistas raciais.

Essa iniciativa visa garantir a efetiva participação de pessoas negras nos concursos públicos e promover a igualdade de oportunidades no acesso a cargos na administração pública federal. Ações afirmativas como essas são fundamentais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Fonte: Agência Brasil

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