
Sindicatos criticam elevação da taxa básica de juros
Sindicatos patronais e de trabalhadores manifestaram críticas à decisão de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano, anunciada pelo Banco Central na noite de quarta-feira (29). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) condenou veementemente a medida, considerando-a um absurdo que deixou a categoria frustrada.
CUT condena nova alta da Selic
A CUT emitiu uma nota expressando sua indignação com a elevação da taxa de juros. Segundo a entidade, a expectativa era de uma reversão nesse processo com a chegada de Gabriel Galípolo, indicado pelo governo federal. A CUT criticou fortemente a pressão de rentistas, agiotas e parlamentares por aumento da Selic, salientando que o foco no combate à inflação dos preços não considera a inflação da dívida bruta do Brasil, que poderá aumentar em torno de R$ 50 bilhões.
Indústria considera decisão injustificada
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se posicionou contrária à elevação dos juros, classificando-a como injustificada e equivocada. Para a CNI, a decisão reflete uma cultura de juros reais elevados no Brasil, sem considerar os impactos dos juros e da taxa de câmbio na inflação. A entidade destaca a falta de diversificação nas ferramentas de política monetária do Banco Central e ressalta a importância do equilíbrio fiscal e da racionalidade nos gastos públicos.
Impacto na atividade econômica
A decisão do Banco Central foi criticada pela CNI por não levar em conta a desaceleração da atividade econômica, evidenciada pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024. A entidade considera que o aumento da Selic foi excessivo e na direção errada, acarretando custos adicionais para empresas e consumidores, além de impactos negativos no emprego e na renda.
Firjan aponta prejuízos ao desenvolvimento sustentável
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) expressou preocupação com o impacto da nova alta da Selic no desenvolvimento sustentável de setores estratégicos e nos investimentos. A entidade ressaltou que a produção industrial já apresentou quedas significativas e está abaixo do nível máximo da série histórica, o que pode ser intensificado com a elevação dos juros.
Repercussão negativa entre os sindicatos
A Força Sindical também repudiou a decisão de aumentar os juros, caracterizando a elevação da Selic como um prêmio aos especuladores. A entidade destacou que a atual política econômica não atende aos interesses da classe trabalhadora e tende a gerar incertezas, prejudicando a criação de empregos e a geração de renda. O aumento dos juros é visto como um obstáculo ao investimento e ao consumo, podendo impactar negativamente o crescimento econômico.
Fonte: Agência Brasil
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