MPSP denuncia 12 indivíduos por envolvimento com PCC

Ministério Público denuncia 12 pessoas por associação com o PCC em São Paulo

O Ministério Público em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (27) à Justiça 12 pessoas por associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os denunciados estão três advogados e também ex-dirigentes da organização não governamental (ONG) Pacto Social & Carcerário, que foram investigados e presos durante a deflagração da Operação Scream Fake.

Operação Scream Fake desvenda conexão entre ONG e PCC

A operação Scream Fake (falso grito, em português) foi realizada no dia 14 de janeiro e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão na capital paulista e em diversas cidades do estado de São Paulo, além de Londrina (PR). A ação revelou a atuação da ONG como uma entidade de fachada que fornecia suporte aos integrantes da facção criminosa.

Investigação revela práticas criminosas do PCC

A investigação teve início há três anos, quando um visitante tentou entrar na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau com cartões de memória escondidos nas roupas. A apreensão e análise desses itens, juntamente com manuscritos de detentos, levaram os investigadores a descobrir a existência de núcleos dentro do PCC, como os setores de “gravatas” (advogados), “saúde” e “financeiro”. Um setor chamado de “reivindicações” era responsável por promover manifestações populares e “denúncias sem fundamento” para desestabilizar o sistema judicial, sendo esse o campo de atuação da ONG.

O setor de “gravatas”, liderado por advogados, fornecia assistência jurídica e gerenciava outras áreas do PCC. Já o setor “saúde” recrutava profissionais da área médica para atender os líderes da organização criminosa dentro das penitenciárias, sendo remunerados com recursos provenientes de atividades ilícitas do ramo “financeiro”.

Desdobramentos da operação

Além das prisões e buscas realizadas, a Justiça determinou a suspensão das atividades da ONG e a remoção de seu conteúdo das redes sociais. Em comunicado após a operação, a ONG afirmou que atuava de forma transparente e legal, respeitando os direitos humanos e buscando soluções para os problemas enfrentados por detentos e suas famílias.

Na semana seguinte, a polícia confirmou a ligação entre a ONG e o PCC por meio do material apreendido durante a operação. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo declarou que a ONG era criada e mantida pela facção criminosa.

Fonte: Agência Brasil

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