Ministro do STF relata ameaças recebidas via ouvidoria da Corte

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou em sessão nesta quinta-feira (22) ter sido alvo de ofensas e ameaças por meio de mensagens enviadas pela ouvidoria do tribunal.

O relato ocorreu durante a sessão realizada em Brasília, onde os ministros analisaram a validade de cargos técnicos comissionados nos tribunais de contas de São Paulo e Goiás, sendo algumas vagas ocupadas por agentes de segurança.

Violência e ameaças

Em meio a um contexto de violência e tensão, o ministro Flávio Dino mencionou a ameaça de bomba ocorrida no Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília, e destacou a importância da segurança institucional. Ele relatou ter sido chamado de “canalha e rocambole do inferno” em uma das mensagens recebidas.

O ministro ressaltou que vivemos em um momento marcado pelo cultivo do ódio em uma escala criminosa. Ele alertou para a influência das redes sociais, que podem transformar comentários em força material e destacou a necessidade de um regime de segurança mais robusto, considerando possíveis invasões, como as que já ocorreram no passado.

Atentado em 2024

No dia 13 de novembro de 2024, um indivíduo identificado como Francisco Wanderley, conhecido como Tiu França, tentou entrar nas dependências do STF com explosivos. Ao ser impedido pelos seguranças, o agressor acionou a bomba, resultando em sua própria morte.

Francisco Wanderley, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, havia se candidatado a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições de 2020. Após esse episódio, o Supremo Tribunal Federal permanece com medidas de segurança reforçadas de forma contínua.

Fonte: Agência Brasil

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