Ministério reduz projeção de superávit comercial

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços revisa projeção de superávit comercial para 2025

A queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e o crescimento da economia brasileira levaram o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) a revisar para baixo a projeção de superávit comercial em 2025. A estimativa inicial de US$ 70,2 bilhões foi reduzida para US$ 50,4 bilhões.

Superávit comercial menor em 2025

A projeção de superávit comercial é atualizada a cada três meses. Caso se confirme, o saldo positivo de US$ 50,4 bilhões será 32% menor que os US$ 74,2 bilhões registrados em 2024. A estimativa apresentada em abril não considerava as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nem as retaliações da China que afetam o comércio global.

“A gente vê uma leve queda de exportações no primeiro semestre, motivadas por preços menores. E o valor é sustentado por volume. A demanda mundial vem se enfraquecendo, isso vem afetando o preço das commodities”, disse o diretor do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão.

Brasil aumenta importações de bens de capital

O diretor Herlon Brandão explicou que o Brasil está aproveitando o crescimento econômico para importar mais, especialmente bens de capitais, máquinas e equipamentos utilizados na produção. “Por outro lado, a economia brasileira continua crescendo, demandando insumos e bens de capital importados, o que deve resultar nesse saldo comercial de US$ 50 bilhões”, afirmou.

As importações devem crescer mais do que as exportações em 2025. O governo projeta exportações no valor de US$ 341,9 bilhões, um aumento de 1,5% em relação aos US$ 337 bilhões exportados no ano anterior. Por outro lado, as importações devem atingir US$ 291,5 bilhões, um aumento de 10,9% em comparação aos US$ 262,9 bilhões comprados do exterior em 2024.

Comparando com a projeção anterior de abril, as exportações caíram US$ 11,2 bilhões, enquanto as importações subiram US$ 8,6 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

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