Marcha LGBT em Budapeste reúne multidão, desafiando proibição.

Milhares marcham pelo orgulho LGBT em Budapeste

Dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos deputados de vários países da Europa, participaram da Marcha do Orgulho LGBT em Budapeste, mesmo com a proibição imposta pelo governo húngaro.

A marcha pacífica em meio à proibição

Segundo a agência EFE, os participantes percorreram o centro da capital húngara em um clima pacífico e festivo, sob o lema “A liberdade e o amor não podem ser proibidos”. Até o início da marcha, na Praça Deák, próximo à Câmara Municipal de Budapeste, não foram registrados incidentes graves, apenas alguns atos de provocação por parte dos opositores à manifestação.

Poucos minutos após o início da marcha, policiais bloquearam o caminho do desfile, tentando desviar o percurso planejado, em uma tentativa de conter possíveis conflitos.

Provocações e oposição

“Arrependam-se! Podem evitar morrer de aids. Parem com a homossexualidade!”, gritava um homem com uma camiseta preta com os dizeres “pregador cristão”, acompanhado por outra pessoa que erguia uma Bíblia.

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Publicus revelou que 78% dos habitantes de Budapeste são contra a proibição imposta pela polícia húngara, que se baseia em uma lei aprovada recentemente pelo governo.

A lei, criada pelo Fidesz, partido do primeiro-ministro Viktor Orbán, estabelece que eventos públicos podem ser proibidos se forem considerados um perigo para o desenvolvimento adequado dos menores.

Reação às proibições

Diante da proibição da marcha, o presidente da Câmara de Budapeste, Gergely Karácsony, um ambientalista progressista, decidiu incluir o evento como um acontecimento municipal na capital. Segundo ele, isso dispensa a necessidade de autorização das autoridades para a realização da marcha.

O próprio Viktor Orbán alertou nos últimos dias que os participantes da marcha não autorizada poderiam enfrentar consequências legais, incluindo multas de até 200 mil forints (cerca de 500 euros).

Contra-manifestação e bloqueios

Um grupo de aproximadamente 40 extremistas de direita bloqueou a Ponte da Liberdade, por onde a marcha estava planejada para passar. Embora a Parada do Orgulho tenha sido proibida, as autoridades permitiram essa contramanifestação de um partido de extrema-direita.

Fonte: Agência Brasil

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