Manifestação em SP pede justiça para senegalês morto por PM


Protesto contra a morte de ambulante senegalês mobiliza São Paulo

No último dia 14, um protesto foi realizado no centro da capital paulista em repúdio à morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, vítima de um disparo de um policial militar durante uma operação no Brás, em 11 de abril. Mbaye foi atingido no abdome enquanto tentava proteger as mercadorias de outro ambulante. O caso gerou grande comoção na cidade de São Paulo.

Caminhada por Justiça

Os manifestantes, com gritos de Justiça, seguiram da Praça da República até a prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá. Uma comissão foi recebida por representantes da administração municipal para discutir o trágico episódio.

Comunidade senegalesa em São Paulo

O cônsul honorário do Senegal em São Paulo, Babacar Bá, marcou presença no protesto e destacou a tristeza do ocorrido. Ele ressaltou que a comunidade senegalesa na cidade é composta por cerca de 3 mil pessoas e expressou a necessidade de evitar que tragédias como essa se repitam. Bá afirmou que medidas precisam ser tomadas para garantir a segurança e integridade dos imigrantes senegaleses na região.

O corpo do ambulante Ngange Mbaye será encaminhado para o Senegal, onde reside sua família. Após a liberação pelo Instituto Médico Legal, o traslado está em processo de organização, dependendo da disponibilidade de voos para o país africano.

Solicitações por medidas contra a violência policial

O Movimento Unido dos Camelôs (Muca), representado por Maria dos Camelôs, condenou veementemente a abordagem policial que resultou na morte de Mbaye. Ela ressaltou que a violência policial contra ambulantes é recorrente e pediu uma mudança de postura das autoridades.

O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Mauro Caseri, classificou o episódio como “deplorável”. Ele destacou a necessidade da Polícia Militar incorporar o uso de câmeras corporais e armas não letais em suas ações cotidianas para evitar tragédias como essa. Caseri enfatizou que o uso de armas não letais poderia ter resolvido a situação de forma pacífica.

Manifestações contra a violência

O ativista senegalês Kunta Kinté e o cantor Chico César também se pronunciaram durante o protesto. Kinté criticou o uso excessivo de força policial e defendeu que medidas alternativas poderiam ter sido adotadas para conter a situação sem recorrer à violência letal. Já César lamentou a recorrência desse tipo de violência contra imigrantes africanos, ressaltando a necessidade de acolhimento e respeito a todas as comunidades no Brasil.

O episódio da morte de Ngange Mbaye reacende o debate sobre a violência policial e a necessidade de ações efetivas para garantir a segurança e o respeito aos direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua origem ou condição social.

No último sábado (12), um acontecimento chocou a sociedade brasileira. Um imigrante senegalês, Ngange Mbaye, foi morto pela Polícia Militar no centro de São Paulo, a maior cidade da América do Sul. Essa tragédia não afeta apenas os imigrantes ou africanos, mas toda a sociedade brasileira. É o coração plural e diverso do país que está sendo ferido.

O cantor que se pronunciou sobre o caso ressaltou a importância de a sociedade exigir justiça, não vingança. Cada morte como essa precisa ser investigada, e os responsáveis, tanto os autores materiais quanto os intelectuais e as cadeias de comando, devem ser punidos.

O diretor executivo do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante, Paulo Illes, destacou que os imigrantes negros e africanos são os que mais enfrentam violência no Brasil. Ele apontou a necessidade de repensar a abordagem feita a essas pessoas na política imigratória, especialmente aqueles que trabalham nas ruas de São Paulo.

Esse não é o primeiro incidente desse tipo. No ano passado, um senegalês também foi encontrado morto, e as circunstâncias ainda não foram esclarecidas. Agora, com a morte de Mbaye, a cobrança por justiça se intensifica. O investimento de uma vida, representado pelo carrinho de ambulante do senegalês, foi interrompido de forma brutal.

Este é o segundo protesto contra a morte de Mbaye. No sábado anterior, a manifestação na região central de São Paulo foi reprimida com violência pela Polícia Militar, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

Pedido por justiça

Enquanto uma comissão de manifestantes e autoridades tentava dialogar na prefeitura, senegaleses protestavam do lado de fora. Entre eles, Meissa Fall, amigo de Mbaye, clamava por justiça e contava emocionado detalhes do ocorrido. Mbaye era um pai de família que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, e sua morte deixou sua família no Senegal sofrendo.

Fall, que estava com Mbaye no momento da tragédia, relatou que o senegalês estava no Brasil há cerca de 11 anos e foi quem o acolheu quando ele chegou ao país. A morte do amigo o deixou sem palavras, assim como a família de Mbaye.

Repercussão

A ministra de Integração Africana e Negócios Estrangeiros do Senegal, Yassine Fall, anunciou que buscará explicações do governo brasileiro sobre a morte de Ngange Mbaye. Ela expressou suas condolências à família do senegalês e destacou a necessidade de esclarecer as circunstâncias dessa tragédia.

A ONG Horizon Sans Frontières também condenou o episódio, classificando-o como mais um crime cometido contra um cidadão senegalês no Brasil. A organização ressaltou a violência endêmica no país e pediu maior conscientização sobre a segurança e a criminalidade, visando proteger os senegaleses em todo o mundo.

Outro lado

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que instaurou um inquérito policial militar para investigar o caso e afastou o agente envolvido das atividades operacionais. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando a ocorrência, e o policiamento na região foi reforçado.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo enfatizou que todos os casos de morte em decorrência de intervenção policial são rigorosamente investigados, com acompanhamento de corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário. A prefeitura, responsável pela Operação Delegada no dia da morte de Mbaye, ainda não se manifestou sobre o caso.

É fundamental que a sociedade brasileira se una para exigir justiça nessas situações e garantir que tragédias como a morte de Ngange Mbaye não se repitam. A violência contra imigrantes e minorias é inaceitável em uma sociedade que preza pela diversidade e pelo respeito aos direitos humanos.

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