
Israel ataca infraestrutura nuclear do Irã após fracasso das negociações
EUA afirmam que Israel agiu unilateralmente
O ataque de Israel contra o Irã gerou uma onda de reações de líderes políticos ao redor do mundo, que pediram cautela nesta sexta-feira (13/06) e defenderam uma desescalada das tensões. O bombardeio contra a infraestrutura nuclear do Irã e altos comandantes militares segue o fracasso de negociações entre Teerã e Washington, levantando preocupações quanto à paz e à estabilidade no Oriente Médio.
Preocupações internacionais e reações
O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou para possíveis ataques pelo seu país ou pelo governo israelense, caso as negociações não resultassem no desarmamento nuclear iraniano. Funcionários do governo americano considerados não essenciais já tinham sido orientados a deixar a região. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou: “Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã. Nós não estamos envolvidos em ataques contra o Irã, e nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região.”
O ataque veio em resposta ao rápido avanço do programa nuclear do Irã, franco inimigo de Israel desde a Revolução Islâmica de 1979. Há anos, Israel afirma que não permitirá que o rival desenvolva armas atômicas.
Repercussão internacional e alertas
O chanceler federal da Alemanha, Friederich Merz, pediu que ambos os lados se abstenham de medidas que possam levar a uma nova escalada e desestabilizar toda a região. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, também expressaram preocupação e destacaram a importância da diplomacia para resolver a situação no Oriente Médio.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, considerou o ataque de Israel “profundamente preocupante”, apontando para o risco de “liberações radioativas com graves consequências” para as pessoas e o meio ambiente dentro e fora do Irã. Ele pediu contenção para evitar uma nova escalada e destacou a importância do diálogo para garantir a paz e a estabilidade.
Impactos de curto e longo prazo
No início de junho, um relatório confidencial da AIEA revelou que o Irã quase dobrou sua produção de urânio altamente enriquecido nos três meses anteriores. O país possui agora quase 409 quilos de urânio com grau de pureza de 60%, o que levanta preocupações sobre a segurança nuclear na região.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou particular preocupação com o estado das negociações entre Irã e EUA, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a situação como “profundamente alarmante” e apelou para a contenção e a busca por uma resolução diplomática.
Reações regionais e internacionais
Mediador das conversas, Omã chamou o ataque de uma “perigosa e imprudente” violação da lei internacional, pedindo uma reação firme dos governos. A Turquia acusou Israel de não desejar uma resolução pela via diplomática, enquanto a China destacou a violação da soberania e da segurança iranianas e se mostrou disposta a colaborar para amenizar a situação.
Apesar dos pedidos por cautela, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou para a possibilidade de mais ataques, afirmando que o país continuará a eliminar ameaças. A situação permanece delicada, com preocupações sobre os impactos de curto e longo prazo do ataque e a necessidade de diálogo para evitar uma escalada ainda maior de tensões na região.
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