Líderes de rede golpista na Alemanha vão a julgamento

Extrema direita alemã enfrenta julgamento por planejar golpe de Estado

Grupo de lideranças é acusado de planejar tomada violenta do poder

Na terça-feira (21/05), a justiça alemã deu início ao julgamento de nove acusados de liderarem uma rede de extrema direita suspeita de planejar a tomada do poder por meio de um golpe de Estado. O grupo foi desbaratado pela polícia em dezembro de 2022, sob a suspeita de planejar atos terroristas para criar condições favoráveis a um golpe violento.

Complexidade dos processos judiciais

Esse é o segundo de três julgamentos relacionados aos membros da rede. O primeiro teve início em abril, em Stuttgart, e o terceiro está marcado para junho, em Munique. No total, 26 pessoas enfrentam acusações de formação de organização terrorista e planejamento de uma ação de alta-traição. A previsão é que todos os procedimentos judiciais se encerrem somente em 2025, devido à complexidade dos casos.

Os nove membros do núcleo de liderança

O julgamento que se destaca nesta terça-feira é o do acusado que ganhou mais notoriedade dentro do grupo: Heinrich 13º, conhecido como o “príncipe” de Reuss. Outros réus incluem uma juíza, três ex-militares, um ex-policial, uma coach, uma cidadã russa e um consultor de finanças.

Ideologia e planos do grupo

Os membros do grupo acreditavam em teorias conspiratórias, incluindo a ideia de que a Alemanha moderna era governada por um “Deep State” ilegítimo. O plano do grupo incluía um ataque ao Parlamento alemão para instaurar o seu líder, Heinrich 13º, como o novo chefe de Estado e negociar tratados com potências internacionais.

O movimento Reichsbürger

Os acusados associados ao movimento Reichsbürger, que negam a legitimidade do Estado alemão moderno, foram identificados como parte da liderança do grupo. O movimento tem características xenófobas, monarquistas e antissemitas, e costuma rejeitar a democracia. Além disso, os Reichsbürger frequentemente se envolvem em atividades terroristas e elaboram planos para desestabilizar o sistema político.

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