
Israel bombardeia Gaza em desrespeito a decisão da CIJ
Israel realizou bombardeios na Faixa de Gaza neste sábado (25), mesmo após a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) de ordenar a suspensão das operações na região controlada pelo Hamas. Enquanto isso, os esforços diplomáticos continuam em Paris na busca por um cessar-fogo.
Bombardeios em várias regiões da Faixa de Gaza
Testemunhas e correspondentes da AFP relataram que as tropas israelenses realizaram bombardeios na cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Além disso, ataques aéreos e disparos de artilharia foram registrados em outras áreas, como Deir al Balah, Nuseirat, Jabaliya, Cidade de Gaza e Khan Yunis.
Decisão da CIJ e falta de cumprimento
A CIJ emitiu uma decisão na sexta-feira ordenando a Israel que interrompesse as operações em Rafah e qualquer ação que levasse à destruição do povo palestino em Gaza. O tribunal também exigiu a abertura da passagem de fronteira entre Egito e Gaza em Rafah. Apesar das exigências, não houve cumprimento por nenhuma das partes envolvidas.
Pressões internacionais e negociações
Países como Espanha, Noruega e Irlanda estão pressionando Israel para acatar as medidas cautelares da CIJ. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que seu governo reconhecerá a Palestina como Estado na próxima terça-feira, o que gerou críticas por parte de Israel.
As negociações para um cessar-fogo, mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos, estagnaram no início de maio. Mesmo assim, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou a retomada das conversações para obter o retorno dos reféns.
Situação humanitária crítica
A situação humanitária em Gaza é alarmante, com risco de fome, hospitais sem operação e centenas de milhares de deslocados de Rafah. Organizações internacionais, como a ONU, pedem o fim do conflito e medidas urgentes para garantir a segurança e bem-estar da população civil.
O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, enfatizou a necessidade de libertar os reféns, estabelecer um cessar-fogo e acabar com o pesadelo em Gaza.
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