
Ministro da Agricultura afirma que não vê necessidade de novo leilão para compra de arroz importado
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta quarta-feira (3) que, no momento atual, não há urgência por parte do governo em realizar um novo leilão para a compra de arroz importado. De acordo com ele, os preços do produto já apresentaram queda, após uma elevação relacionada às enchentes no Rio Grande do Sul.
Em entrevista após o lançamento do Plano Safra para a agricultura empresarial, no Palácio do Planalto, Fávaro afirmou: “O fato real é que o arroz já deu grandes demonstrações de queda de preço, tem arroz até abaixo de R$ 20, o arroz agulhinha de cinco quilos em algumas praças. E isso atende à necessidade de controle inflacionário. Então, eu vejo que, neste momento, não se faz necessário outro leilão de arroz, e sim o estímulo a produzir mais”.
Governo cancelou leilão anterior devido a questionamentos técnicos e financeiros
No mês passado, o governo realizou um leilão público para a compra de arroz importado, porém a licitação foi anulada devido a questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras. O ministro do Agricultura ressaltou que o edital para um novo leilão já está pronto e, caso os preços voltem a subir, a medida pode ser retomada.
“Se os preços voltarem a subir sem nenhuma objetividade, medidas podem ser tomadas inclusive o leilão, mas eu quero crer que nós encontraremos outra alternativa que não o leilão.”
Objetivo da compra pública é estabilizar os preços do produto no mercado interno
Segundo o governo, a intenção da compra pública seria garantir o abastecimento e estabilizar os preços do arroz no mercado interno, que sofreram um aumento de até 100% após as inundações no Rio Grande do Sul nos meses de abril e maio. O estado é responsável por cerca de 70% da produção do arroz consumido no país.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, mencionou que a decisão sobre a realização da compra pública está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, foi lançado o Plano Safra 2024/2025 para a agropecuária empresarial, com recursos totais de R$ 400,59 bilhões. Já o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025 destinou R$ 76 bilhões ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
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