Desmatamento na Amazônia: um problema que persiste



O desmatamento na Amazônia é um dos principais problemas ambientais enfrentados pela região e que tem impactos significativos em todo o mundo. Nos últimos anos, apesar dos esforços de diversos órgãos e da sociedade civil, a taxa de desmatamento na Amazônia tem aumentado, colocando em risco a biodiversidade, os recursos hídricos e o clima global.



Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Amazônia perdeu mais de 10 mil km² de floresta entre agosto de 2020 e julho de 2021, um aumento de 15% em relação ao período anterior. Esses números preocupantes mostram a urgência de ações efetivas para conter o desmatamento na região.



As principais causas do desmatamento na Amazônia são a expansão da agropecuária, a exploração ilegal de madeira e a mineração. A pressão por terras para atividades econômicas tem levado à destruição de grandes áreas de floresta, colocando em risco a sobrevivência de espécies animais e vegetais únicas.



Além dos impactos locais, o desmatamento na Amazônia também contribui para as mudanças climáticas. A floresta amazônica é um dos principais sumidouros de carbono do planeta, e sua destruição libera grandes quantidades desse gás na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.



Para combater o desmatamento na Amazônia, é necessário adotar uma abordagem integrada que envolva ações de fiscalização, monitoramento, punição de infratores e incentivos para a conservação da floresta. Os governos federal e estaduais, as organizações não governamentais e a sociedade civil têm um papel fundamental nesse processo.



Entre as medidas que podem ser adotadas para combater o desmatamento na Amazônia estão o fortalecimento dos órgãos de fiscalização ambiental, o uso de tecnologias de monitoramento por satélite, a criação de áreas protegidas e o incentivo a práticas sustentáveis de uso da terra.



O desmatamento na Amazônia não é apenas um problema local, mas uma questão de interesse global. A preservação da maior floresta tropical do mundo é fundamental para a manutenção da biodiversidade, dos recursos hídricos e do clima do planeta, e todos nós temos o dever de contribuir para sua conservação.



É urgente que sejam tomadas medidas efetivas para conter o desmatamento na Amazônia e garantir a preservação desse patrimônio natural tão importante para a humanidade. Somente com ações coordenadas e comprometidas será possível reverter o atual cenário e assegurar um futuro sustentável para a região e para o planeta como um todo.



A Amazônia é um tesouro da natureza que precisa ser protegido e preservado para as gerações presentes e futuras. Cabe a cada um de nós fazer a sua parte e cobrar das autoridades e dos responsáveis ações concretas para deter o desmatamento e promover a sustentabilidade na região. O futuro da Amazônia e do planeta está em nossas mãos.


Cemaden: Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais no Brasil

Os radares e satélites espalhados pelo país detectam uma formação de nuvens pesadas se aproximando do litoral. Um sinal de alerta se acende na sala de situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), onde os dados meteorológicos aparecem quase em tempo real em uma imensa tela, do tamanho daquelas encontradas nos cinemas. Um grupo de profissionais especializados em quatro diferentes áreas (meteorologia, deslizamentos de terra, inundações e reação a desastres) analisa as informações, na sede do órgão, em São José dos Campos (SP).

Prevenção e Ação Rápida

Ainda não é possível prever, com muita precisão, se haverá um desastre em algum lugar, mas a situação meteorológica requer atenção, então o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) é notificado, para que comece a informar as defesas civis locais sobre a possibilidade de um evento climático adverso.

Mas o trabalho não para por aí. Uma rede de pluviômetros, espalhada por 1.130 municípios brasileiros, começa a receber informações sobre a quantidade de chuva que está caindo no trajeto das nuvens que os radares, e também os satélites, já vinham monitorando há algum tempo.

Monitoramento Constante

Os instrumentos são automatizados e conectados ao sistema do Cemaden. As informações sobre a dimensão da precipitação, medidas em milímetros, ou seja, a quantidade de litros de chuva que cai em uma área de 1 metro quadrado.

Os dados são atualizados a cada dez minutos. Se a precipitação for muito forte e ameaçar determinada localidade, seja por risco de deslizamento de terra ou de inundações, a informação é destacada na tela da sala de situação e acende um novo alerta para a equipe de profissionais.

Decisões Rápidas e Precisas

Há ali pelo menos quatro profissionais 24 horas por dia (alguns em trabalho remoto e outros de forma presencial), um para cada área de especialização. Com base nos dados meteorológicos e nos mapas de risco fornecidos por outros órgãos como o Serviço Geológico do Brasil, a equipe precisa tomar uma decisão rápida e preparar a emissão de um alerta às localidades atingidas pelo evento meteorológico.

Cada segundo conta, na tentativa de evitar desastres, uma vez que as defesas civis precisam saber dos riscos, para orientar sua população, evacuar áreas de risco e preparar abrigos para essas pessoas. Em menos de 20 minutos, os alertas precisam ser disparados.

Desenvolvimento Contínuo

“Não é um alerta de chuva forte. É um alerta de deslizamento de terra ou de inundação. E ainda podemos informar que tipo de inundação, se é uma rua alagada, se é enxurrada, se é um rio que vai transbordar. O alerta é o mais preciso possível”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi.

Atualmente 1.133 municípios são monitorados pelo centro com a ajuda de pluviômetros. O limite de chuvas necessário para acionar o alerta varia em cada ponto de medição, pois depende de questões como os rios que cortam a cidade, o perfil das encostas, a ocupação dessas áreas e o tipo de solo, por exemplo.

Inovação e Expansão

O Cemaden também estuda novos equipamentos como os sensores de umidade no solo, que permite aos pesquisadores aprenderem, por exemplo, quanto tempo demora para determinado solo secar após períodos de chuva. Solos saturados com água são mais suscetíveis a deslizamentos que aqueles secos.

Há cerca uma centena de locais sendo monitorados com esses sensores atualmente. “Essas estações geotécnicas são sensores colocados embaixo do solo e vão medindo a umidade do solo em diferentes profundidades até 3 metros de profundidade. Quando a umidade do solo passa de um determinado valor, ela deixa de se comportar como uma massa sólida e passa a se comportar quase como uma massa líquida”.

O desafio não é apenas melhorar seus métodos e equipamentos, como também ampliar a área monitorada. Desde o ano passado, o governo federal tem destacado que é importante aumentar o total de municípios observados pelo Cemaden. As enchentes do Rio Grande do Sul, no primeiro semestre, deixaram essa necessidade ainda mais evidente.

O projeto do governo é que o total de municípios chegue a 1.972 até o fim de 2026, de acordo com Seluchi.

Para ampliar a rede de monitoramento de desastres naturais no Brasil, o coordenador-geral de previsão e alerta da Defesa Civil Nacional, coronel Alexandre Lucas, ressalta a importância de alguns requisitos essenciais por parte dos municípios. De acordo com ele, para ser monitorado, um município precisa ter um histórico de desastres com impactos, áreas de risco devidamente mapeadas e equipamentos instalados para acompanhar a chuva.

O coronel destaca a necessidade de levantamentos das áreas de risco, recursos financeiros para a aquisição de equipamentos e um orçamento que permita ampliar a força de trabalho do centro de monitoramento. Atualmente, a Defesa Civil Nacional não consegue atender a todos os municípios que necessitam de monitoramento, o que impacta na qualidade do serviço prestado. Mesmo com a previsão de contratação de novos funcionários por meio de concurso, ainda há muito a ser feito para atender a demanda existente.

Com as mudanças climáticas em curso, o número de municípios que necessitarão de monitoramento de desastres naturais tende a aumentar nos próximos anos. O coronel Alexandre Lucas ressalta que eventos extremos estão se tornando mais frequentes e abrangentes, atingindo regiões que antes não tinham histórico de grandes eventos. Um exemplo citado por ele é boa parte do Rio Grande do Sul, que vem enfrentando eventos climáticos cada vez mais intensos e destrutivos.

Diante desse cenário, é fundamental que os municípios estejam preparados para lidar com situações de emergência e desastres naturais. O monitoramento adequado das áreas de risco, aliado a equipamentos modernos e uma equipe capacitada, pode salvar vidas e minimizar os impactos causados por eventos climáticos extremos.

É importante ressaltar que a prevenção e o planejamento são fundamentais para garantir a segurança da população em caso de desastres naturais. Investir em infraestrutura, capacitação de equipes e tecnologia é essencial para reduzir os danos causados por eventos como enchentes, deslizamentos de terra e tempestades.

A Defesa Civil Nacional, juntamente com órgãos estaduais e municipais, desempenha um papel crucial na prevenção e no monitoramento de desastres naturais em todo o país. A colaboração entre diferentes esferas de governo, aliada ao engajamento da população, é fundamental para mitigar os impactos causados por eventos climáticos extremos.

Em um contexto de mudanças climáticas aceleradas, é fundamental que os municípios estejam preparados para lidar com situações de emergência e desastres naturais. O monitoramento contínuo das áreas de risco, aliado a um planejamento eficaz e a ações preventivas, pode salvar vidas e proteger o patrimônio das comunidades.

Diante da previsão de um aumento no número de eventos climáticos extremos, é necessário que os municípios invistam em medidas de prevenção e preparação. A conscientização da população, aliada a um trabalho integrado entre os diferentes órgãos responsáveis pela gestão de riscos, é essencial para garantir a segurança e o bem-estar de todos.

Em resumo, o monitoramento de desastres naturais é uma ferramenta essencial para garantir a segurança da população e reduzir os impactos causados por eventos climáticos extremos. Investir em prevenção, capacitação de equipes e tecnologia é fundamental para mitigar os danos e salvar vidas em situações de emergência.

Fonte: Agência Brasil

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