Desemprego e informalidade atingem pretos e pardos em níveis acima da média nacional, aponta pesquisa

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas pretas e pardas enfrentam mais desemprego do que as brancas, recebem salários menores e estão mais presentes na informalidade. No quarto trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre a população branca foi de 4,9%, enquanto pretos (7,5%) e pardos (7%) ficaram acima da média nacional de 6,2%.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destaca que essa desigualdade é uma característica estrutural do mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa do IBGE considera todas as formas de ocupação, incluindo empregos com ou sem carteira assinada, temporários e por conta própria.

Além disso, a taxa de informalidade também reflete a desigualdade por cor, com pretos e pardos apresentando índices acima da média nacional. Enquanto a taxa de informalidade do país foi de 38,6% no último trimestre de 2024, entre pretos foi de 41,9% e entre pardos, 43,5%. Já entre os brancos, o índice ficou abaixo da média, em 32,6%.

No que diz respeito aos rendimentos, os trabalhadores brancos registram um rendimento médio mensal de R$ 4.153, enquanto pretos e pardos têm valores menores, respectivamente R$ 2.403 e R$ 2.485.

A pesquisa também aponta desigualdades de gênero, com os homens apresentando uma taxa de desemprego de 5,1% e um rendimento médio mensal de R$ 3.540, enquanto as mulheres registraram uma taxa de desemprego de 7,6% e um rendimento médio de R$ 2.783 no último trimestre de 2024.

Os dados do Censo 2022 mostram que os pardos representam 45,3% da população, seguidos pelos brancos (43,5%), pretos (10,2%), indígenas (0,6%) e amarelos (0,4%).

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