
Justiça do Equador condena cinco pessoas pela morte de candidato a presidente
A Justiça do Equador emitiu uma sentença condenatória para cinco indivíduos envolvidos no assassinato de Fernando Villavicencio, candidato a presidente do Equador, no dia 12 de novembro. As penas atribuídas variam de 12 a 34 anos de prisão.
Villavicencio foi brutalmente assassinado em agosto de 2023, logo após sair de um comício em Quito. Com 59 anos, o político era ex-membro da Assembleia Nacional, renomado jornalista investigativo e líder sindical.
Suspeitos capturados e desfecho da investigação
O candidato foi alvejado fatalmente na cabeça e não resistiu aos ferimentos. No mesmo dia do crime, seis cidadãos colombianos foram detidos. Outro suspeito veio a óbito em um confronto armado com os seguranças de Villavicencio.
Nas semanas seguintes, mais indivíduos foram presos sob suspeita de cumplicidade no homicídio de Villavicencio.
No desenrolar das investigações, em outubro de 2023, seis dos investigados foram encontrados mortos dentro do estabelecimento prisional.
Perfil e trajetória de Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio foi vítima fatal em 9 de agosto. Imagens capturadas naquela data registraram o momento em que o candidato saía de um comício e adentrava em um veículo, sendo alvejado por vários disparos de arma de fogo.
Ao longo de sua carreira como jornalista, Villavicencio fez diversas denúncias contra o governo equatoriano, chegando a ser condenado por injúria em 2014. Entre 2021 e 2023, atuou como deputado federal, sempre se posicionando como um defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.
Com o falecimento de Villavicencio, Christian Zurita assumiu seu lugar na chapa presidencial, alcançando o terceiro lugar na corrida eleitoral. As eleições foram conquistadas pelo candidato de direita Daniel Noboa.
Contexto de violência e narcotráfico no Equador
O Equador tem enfrentado há anos uma série de violência relacionada ao narcotráfico, sobretudo por ser uma rota-chave para o transporte de drogas aos Estados Unidos e por abrigar grupos criminosos provenientes da Colômbia.
No final de setembro de 2023, a viúva de Fernando Villavicencio foi alvo de um atentado em Quito, porém não sofreu danos físicos.
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