Como a pandemia afetou o setor de eventos no Brasil



A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo em diversos setores da economia, e um dos mais afetados foi o setor de eventos no Brasil. Com restrições de aglomeração e medidas de distanciamento social, a realização de eventos presenciais se tornou inviável, levando à perda de milhares de empregos e prejuízos financeiros para empresas do ramo.



Antes da pandemia, o setor de eventos era responsável por movimentar bilhões de reais por ano no Brasil, com a realização de feiras, congressos, shows, casamentos e outros tipos de eventos. No entanto, com as restrições impostas para conter a disseminação do vírus, muitas empresas tiveram que cancelar seus eventos ou migrar para o formato online, o que nem sempre foi viável.



Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), o setor de eventos foi um dos mais impactados pela pandemia, com uma queda de mais de 90% na realização de eventos presenciais em 2020. Muitas empresas tiveram que demitir funcionários, fechar suas portas ou buscar alternativas para se manter ativas durante esse período difícil.



Além das empresas do setor de eventos, os profissionais que trabalham nesse mercado também foram duramente afetados pela pandemia. Muitos prestadores de serviços, como DJs, fotógrafos, cerimonialistas e garçons, viram sua renda desaparecer da noite para o dia, sem perspectivas de retorno à normalidade.



Com a vacinação em andamento e a queda no número de casos de Covid-19, o setor de eventos começa a vislumbrar uma retomada gradual de suas atividades. No entanto, ainda há muitas incertezas e desafios a serem superados, como a retomada da confiança do público, a adaptação dos eventos para o formato híbrido e a recuperação financeira das empresas do setor.



Para se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia, muitas empresas de eventos investiram na realização de eventos online, através de plataformas de transmissão ao vivo e ferramentas de interação virtual. Apesar de não substituir totalmente a experiência de um evento presencial, essa foi uma alternativa encontrada para manter o contato com o público e gerar receita durante o período de crise.



Outra tendência que surgiu durante a pandemia foi a realização de eventos híbridos, que combinam a experiência presencial com a transmissão online. Essa modalidade permite que parte do público participe do evento de forma virtual, aumentando o alcance e a interação com a audiência, mesmo em tempos de restrições de aglomeração.



Com a retomada gradual das atividades presenciais, o setor de eventos no Brasil começa a se reerguer, ainda que lentamente. A realização de eventos ao ar livre, com capacidade reduzida e medidas de segurança, tem sido uma das saídas encontradas pelas empresas para voltar a movimentar a economia e gerar empregos.



No entanto, a recuperação do setor de eventos ainda enfrenta desafios, como a necessidade de adaptação às novas normas sanitárias, a retomada da confiança do público e a busca por alternativas de financiamento para empresas que foram duramente impactadas pela crise. É fundamental que o setor se reinvente e busque soluções criativas para superar esse momento difícil e voltar a crescer.



Com a esperança de dias melhores no horizonte, o setor de eventos no Brasil se prepara para uma retomada gradual de suas atividades, buscando se adaptar às novas realidades impostas pela pandemia e retomar seu papel de impulsionador da economia e gerador de empregos no país.


Safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 tem recuo de 7,2%

A safra brasileira encerrou o ano de 2024 com a produção de 292,7 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, marcando um recuo de 7,2% em comparação com a safra de 2023. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) nesta terça-feira (14).

O resultado de 2024 ficou 22,7 milhões de toneladas abaixo da colheita de 2023, que atingiu 315,4 milhões de toneladas. A última vez que o Brasil registrou queda na safra foi em 2021, com um recuo de 0,4%.

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)

O LSPA é uma estimativa mensal do IBGE para a área plantada e a produção agrícola brasileira. A edição referente a 2024 foi a décima e representa o prognóstico final para a safra do ano. O tamanho real da safra brasileira será informado pelo instituto na Pesquisa Agrícola Municipal, prevista para ser divulgada somente em setembro.

Apesar da queda na produção, a LSPA aponta que a área colhida em 2024 alcançou 79 milhões de hectares, um crescimento de 1,6% em relação a 2023. Esse aumento representa uma área colhida 1,2 milhão de hectares maior, indicando uma redução na produtividade da safra.

Fatores que influenciaram na queda da produtividade

O gerente de agricultura do IBGE, Carlos Guedes, atribuiu a queda na produtividade a questões climáticas. Problemas como o atraso no plantio da soja devido a condições climáticas desfavoráveis, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sul, impactaram a produção. Além disso, o excesso de chuvas no Sul do país, as enchentes no Rio Grande do Sul e as altas temperaturas afetaram as lavouras de arroz, soja e milho 1ª safra. As condições climáticas também prejudicaram o milho e o trigo na 2ª safra.

Principais produtos agrícolas e produção por estados e regiões

A soja se destacou como o principal produto agrícola brasileiro em 2024, com uma produção estimada de 144,9 milhões de toneladas. Em seguida, o milho aparece com 114,7 milhões de toneladas, seguido pelo arroz com 10,6 milhões de toneladas. Juntos, esses três alimentos representam 92,3% da estimativa da produção e 87,2% da área a ser colhida.

O Mato Grosso se destacou como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 31,4%, seguido por Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (11,8%) e Goiás (11,0%). Em relação às regiões, o Centro-Oeste liderou a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 144,6 milhões de toneladas (49,4% do total), seguido pelo Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.

Prognóstico para a safra de 2025

O IBGE também divulgou um prognóstico para a safra de 2025, prevendo uma produção de 322,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,2% em relação a 2024. Carlos Guedes atribui esse crescimento à recuperação da safra de soja, que enfrentou desafios em 2024. As condições climáticas favoráveis e o uso de tecnologia contribuíram para o aumento da produção prevista para o próximo ano.

Fonte: Agência Brasil

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