
Brasil encerra Paralimpíada de Paris com recorde de pódios
O Brasil finalizou sua participação na Paralimpíada de Paris com um total impressionante de 89 pódios conquistados, sendo 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Esses resultados renderam ao país o quinto lugar no quadro de medalhas do evento, representando a melhor posição brasileira na história da competição paralímpica. Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, esse desempenho é fruto de um planejamento estratégico elaborado em 2017 e de mudanças significativas na abordagem da entidade.
Planejamento e Estratégias
Em entrevista coletiva na Casa Brasil Paralímpico, Mizael salientou que o plano estabelecido em 2017 foi fundamental para alcançar os resultados expressivos em Paris. Ele ressaltou a ênfase na inclusão como elemento central dessa estratégia, que motivou a implementação de iniciativas como o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica e o Camping Escolar, visando o desenvolvimento e descoberta de talentos. O presidente do CPB destacou que, apesar dos obstáculos enfrentados durante a pandemia de COVID-19, os projetos de formação têm potencial para gerar resultados ainda mais expressivos no futuro.
Participação Feminina e Destaques
Além disso, uma das metas do planejamento era fortalecer a participação feminina nos grandes eventos esportivos. Em Paris, aproximadamente 42% da delegação brasileira era composta por mulheres, que conquistaram 13 dos 25 ouros do país. Atletas como Mariana D’Andrea, Jerusa Geber e Carol Santiago se destacaram ao subirem no lugar mais alto do pódio em suas modalidades. Mizael enfatizou a importância de oportunidades iguais para as mulheres e acredita que elas têm potencial para superar os resultados masculinos no futuro.
Impacto dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016
O sucesso brasileiro em Paris tem uma ligação direta com a realização da Paralimpíada no Rio de Janeiro em 2016, conforme análise do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons. Ele destacou que o Brasil soube aproveitar o legado dos Jogos, como a construção do Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo e o aumento de recursos destinados ao paradesporto a partir de legislações dedicadas. O evento no Rio impulsionou o crescimento do esporte paralímpico no país, mas Mizael alertou para a necessidade de manutenção das estruturas para garantir o desenvolvimento contínuo dos atletas.
Fonte: Agência Brasil
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