China e França lançam satélite para explorar o universo

Satélite lançado por França e China terá objetivo de detectar explosões no universo

Missão conjunta visa pesquisar explosões de raios gama

Um satélite, fruto da colaboração entre França e China, foi lançado no último sábado, 22, com o propósito de detectar explosões colossais no universo. Desenvolvida por engenheiros dos dois países, a missão, chamada “Svom” (Monitor de Objetos Variáveis Espaciais), tem como objetivo pesquisar as explosões de raios gama, que são consideradas autênticos fósseis luminosos capazes de fornecer mais informações sobre a história do cosmos.

Satélite inclui quatro instrumentos e é lançado a bordo de foguete chinês

O satélite, pertencente a 930 quilos e equipado com quatro instrumentos (dois chineses e dois franceses), foi lançado às 15h00 de sábado a bordo de um foguete chinês Longa Marcha 2-C, partindo da base espacial de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China. As explosões de raios gama costumam ocorrer após a explosão de estrelas massivas ou da fusão de estrelas compactas, gerando uma luminosidade colossal equivalente a mais de um trilhão de sóis.

Relevância científica das explosões de raios gama

As explosões de raios gama fornecem informações valiosas sobre a evolução do universo e sua composição. Além disso, esses fenômenos permitem aos cientistas compreender melhor a morte das estrelas e a dinâmica do espaço. A capacidade de observar tais eventos cósmicos proporciona uma visão única sobre a história do universo, uma vez que a luz gerada nessas explosões leva bilhões de anos para alcançar a Terra. Por isso, estudar esses eventos é um retrocesso no tempo, permitindo uma compreensão mais abrangente do cosmos.

Cooperação internacional na exploração espacial

O projeto Svom é o resultado de uma colaboração entre as agências espaciais da França (CNES) e da China (CNSA), representando um exemplo de cooperação entre o país asiático e uma potência ocidental. Parcerias como essa entre China e Ocidente são relativamente raras, especialmente desde que os Estados Unidos proibiram a NASA de cooperar com Pequim no setor espacial em 2011. A China e a França já colaboraram anteriormente em projetos espaciais, como o lançamento de um satélite oceanográfico em 2018.

Portanto, a missão conjunta franco-chinesa representa um marco na exploração espacial e na busca por respostas sobre os fenômenos mais extremos do universo, com potencial para expandir significativamente o conhecimento científico sobre o cosmos.

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