Apenas 69 cidades em calamidade no RS solicitaram verba federal.

Ministro da Integração comenta situação dos municípios gaúchos afetados pelas chuvas

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, revelou em entrevista à imprensa neste sábado (11) que o número de municípios gaúchos que buscaram recursos emergenciais federais para lidar com as consequências das chuvas e enchentes é menor do que o esperado. Desde o fim de abril, o Rio Grande do Sul enfrenta grandes desafios provocados pela natureza, afetando não apenas as áreas urbanas, mas também as comunidades indígenas da região.

Flexibilização de regras para o recebimento de recursos

Diante da situação, o governo federal adotou medidas para facilitar o acesso dos municípios afetados aos recursos necessários. Uma portaria foi implementada, flexibilizando as regras para que as cidades em situação de calamidade possam receber auxílio de forma rápida e eficiente. “É importante agilizar esse processo, considerando o momento de emergência pelo qual passam as localidades atingidas pelas intempéries”, destacou o ministro.

Segundo Góes, o trâmite para solicitar ajuda é simples: basta o envio de um ofício ao Ministério da Defesa Civil Nacional, acompanhado do decreto estadual que reconhece a situação de calamidade. Os valores liberados variam de acordo com a população do município, possibilitando a compra de itens essenciais, como água e alimentos, para as pessoas em abrigos e demais afetados pela crise.

Situação alarmante: dados e estatísticas

Os números apresentados pelo ministro revelam a gravidade da situação no Rio Grande do Sul: são 445 municípios afetados, mais de 71 mil pessoas em abrigos, quase 340 mil desalojados, além de óbitos, feridos, desaparecidos e bloqueios em vias. Mais de 2 milhões de habitantes foram impactados pelas chuvas e enchentes, evidenciando a urgência das ações de socorro e suporte às vítimas.

Atenção às comunidades indígenas

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a preocupação com as 214 comunidades indígenas presentes no estado, sendo 110 delas diretamente atingidas pelas condições climáticas adversas. O governo federal se comprometeu a fornecer cestas básicas de forma regular para todas as famílias afetadas, reconhecendo a importância do apoio humanitário nesse momento de dificuldade.

Além disso, Guajajara ressaltou a importância dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas na prevenção de desastres e na reconstrução das áreas afetadas, enfatizando a necessidade de combater o desmatamento como uma medida fundamental para evitar futuras tragédias ambientais.

Marinha e Força Nacional se mobilizam para prestar assistência

Na coletiva de imprensa, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, informou sobre o envio do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico da Marinha para auxiliar nas operações de socorro. O navio conta com uma estrutura significativa para atender às necessidades das áreas afetadas, incluindo militares, donativos, veículos, embarcações e helicópteros.

A Força Nacional também intensificará sua atuação no Rio Grande do Sul, com o reforço de mais 300 integrantes para garantir a segurança nos abrigos e demais locais de atendimento às vítimas. O trabalho conjunto das forças de segurança visa proporcionar suporte e proteção à população em momentos críticos como este.

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