
Estabilidade Financeira: Risco Fiscal Preocupa Instituições Financeiras
O eventual descontrole das contas públicas, com uma explosão de gastos do governo, é o principal risco para a estabilidade financeira nos próximos três anos, de acordo com instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC). Essa é a conclusão da Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF), divulgada a cada três meses pelo órgão.
Risco Fiscal como Principal Preocupação
Citado por 42% das instituições financeiras como a maior preocupação do momento, o risco fiscal se mantém como a principal questão em relação à última pesquisa. Na edição anterior, em agosto, o problema tinha sido mencionado por 41% das instituições.
Preocupações Destacadas
Na pesquisa, as instituições destacaram “preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e o arcabouço fiscal e seus impactos nos preços de ativos e na política monetária [juros]”.
Riscos Internacionais em Segundo Lugar
Em segundo lugar, os riscos internacionais foram citados por 27% como a preocupação mais importante no momento. O aumento das preocupações associadas às eleições nos Estados Unidos, a escalada dos conflitos geopolíticos, a desaceleração da economia chinesa e a política monetária e a atividade econômica nos EUA foram apontados pelas instituições. Em agosto, esse problema foi mencionado por 23% das instituições financeiras.
Risco de Inadimplência e Atividade Econômica Interna
Em terceiro lugar, ficou o risco de inadimplência e atividade econômica interna, citado por 12%, mesmo percentual de agosto. De acordo com o BC, esse tipo de risco continua limitado e com impacto médio sobre o sistema financeiro, mas as instituições demonstraram preocupações com alavancagem (expansão de dívidas) e inadimplência de famílias e empresas, além dos impactos do aperto monetário decorrente da alta dos juros.
Visão Mais Positiva sobre o Crescimento Econômico
Por outro lado, as instituições financeiras passaram a ter uma visão mais positiva sobre o ciclo de crescimento econômico. O número de instituições que consideram a atual fase do ciclo econômico como “expansão” e “boom” (pico) aumentou, enquanto a proporção de respondentes que acreditam que o país está em uma fase de recuperação econômica (crescimento que ocupa a capacidade ociosa da economia, sem ampliação de investimentos) diminuiu. Os percentuais exatos não foram fornecidos.
Índice de Confiança na Estabilidade do Sistema Financeiro Nacional
A pesquisa também indicou que o índice de confiança na estabilidade do Sistema Financeiro Nacional continua “elevado, com aumento na margem”. Mais instituições estão confiando no sistema financeiro, embora a elevação do índice tenha sido leve. O Banco Central não forneceu números exatos.
Participantes da Pesquisa
O Banco Central ouviu 89 instituições financeiras, como bancos, cooperativas de crédito, instituições de pagamento e gestoras de recursos. A pesquisa foi realizada entre 21 de outubro e 8 de novembro.
Fonte: Agência Brasil
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