Ano de 2024: Expectativas para o Desemprego Mundial

O ano de 2024 deverá registrar ligeira queda no desemprego mundial, segundo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O documento destaca preocupações com o progresso lento e as desigualdades de gênero nos mercados de trabalho, alertando que os compromissos da Agenda 2030 podem não ser alcançados.

Emprego Mundial e Perspectivas Sociais em 2024

O relatório “Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024” prevê que a taxa global de desemprego chegará a 4,9% neste ano, abaixo dos 5% registrados em 2023. Apesar da queda, a projeção indica estabilidade para 2025, mantendo o desemprego em 4,9%.

Desafios e Perspectivas da OIT

A OIT aponta que o progresso desde 2015 tem sido decepcionante, colocando em risco a meta de pobreza para 2030. O relatório destaca a persistência da informalidade, com a percentagem de emprego informal tendo diminuído lentamente ao longo dos anos, atingindo 57,8% em 2024.

A Agenda 2030 estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo o aumento do “emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos”. No entanto, o relatório aponta que o crescimento do emprego informal tem sido uma tendência global preocupante, atingindo 2,03 bilhões em 2024.

Desigualdades de Gênero e Disparidade de Emprego

O relatório revela que 183 milhões de pessoas estão desempregadas atualmente, com a “disparidade de emprego” afetando 402 milhões de pessoas que gostariam de ter um emprego. As mulheres são desproporcionalmente afetadas, especialmente em países de baixos rendimentos, onde a disparidade de emprego é significativamente maior do que nos países de rendimento elevado.

A desigualdade de gênero permeia tanto a falta de oportunidades quanto a disparidade salarial, evidenciando a importância de políticas que promovam a igualdade de gênero no mercado de trabalho.

Situação do Brasil em 2024

No Brasil, a taxa de desemprego permanece acima da média global projetada pela OIT para 2024. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego no país foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril, o menor desde 2014.

Embora o país ainda enfrente desafios em relação ao desemprego, a redução da taxa é um sinal positivo, indicando uma possível melhora no cenário econômico para os próximos meses.

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