
Pedido de Soltura do General Braga Netto é Solicitado ao STF
Os advogados do general Braga Netto apresentaram, nesta terça-feira (10), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a libertação do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro.
O pedido de soltura foi feito após o militar prestar depoimento ao STF sobre a ação que julga uma tentativa de golpe que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República em 2023. Braga Netto negou as acusações de ter entregue dinheiro em uma sacola de vinho ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e de ter conhecimento sobre a trama golpista.
Braga Netto encontra-se detido desde dezembro do ano passado, sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e de tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.
Justificativa para a Solicitação de Liberdade
De acordo com os advogados, com o encerramento dos interrogatórios do núcleo 1 da trama golpista, a prisão do general Braga Netto não se justifica mais.
“Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos a esse STF e especialmente diante da atual situação fático-processual de encerramento da instrução desta ação penal, requer-se a revogação da prisão preventiva”, solicitou a defesa.
Braga Netto encontra-se preso nas instalações da Vila Militar, no Rio de Janeiro.
Interrogatórios dos Réus
Braga Netto foi o último réu interrogado do núcleo 1 da ação penal pelo relator Alexandre de Moraes. Os outros interrogados foram:
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente; e
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
O interrogatório dos réus representa uma das fases finais da ação penal. A expectativa é de que o julgamento, que decidirá pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus, ocorra no segundo semestre deste ano.
Fonte: Agência Brasil
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