
Famílias paulistanas estão mais propensas a contrair novas dívidas, aponta pesquisa da FecomercioSP
A Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revelou um aumento no número de lares endividados na cidade de São Paulo. Em março, o volume de famílias com dívidas ativas subiu 1,5 ponto percentual em comparação com fevereiro, passando de 67,7% para 69,2%.
Aumento no número de lares endividados
De acordo com a FecomercioSP, atualmente, 2,83 milhões de lares na capital paulista têm alguma dívida ativa. Além disso, o estudo apontou que o volume de lares com dívidas atrasadas aumentou de 19% em fevereiro para 19,3% em março. Apesar disso, o número de famílias que não conseguem quitar as contas vencidas registrou uma redução de 8,1% desde agosto do ano passado.
Estabilidade financeira das famílias
As análises da FecomercioSP indicam que, apesar do aumento no endividamento, o contexto atual na cidade de São Paulo é de estabilidade financeira das famílias. O percentual do orçamento comprometido com dívidas em março permanece abaixo de 30%, enquanto em março de 2023 era de 31,7%. Além disso, o tempo médio em que esses recursos ficam despendidos com despesas diminuiu para 7,5 meses, em comparação com 7,6 meses em fevereiro e 7,9 meses no mesmo período do ano anterior.
“Em outras palavras, paulistanos e paulistanas estão concentrando o consumo de produtos e/ou serviços que envolvam endividamento em curto e médio prazos, evitando que os rendimentos fiquem comprometidos por muito tempo. O controle tem sido elemento determinante para a saúde financeira deles”, destaca a FecomercioSP.
O tempo médio de atraso nas dívidas também permanece estável, com uma média de 63,2 dias. No ano anterior, esse número era de 66,2 dias. Isso indica que o juro gerado pelo atraso nas despesas ainda não quitadas tende a ser menor, favorecendo um retorno mais rápido das famílias ao ambiente de consumo.
Intenção de contrair crédito em queda
A pesquisa também apurou que a intenção de contrair crédito no sistema financeiro está em declínio na capital paulista. Em fevereiro, 17% das pessoas entrevistadas afirmaram ter planos de contrair financiamentos no médio prazo, enquanto em março esse número caiu para 15,5%. A maioria dos entrevistados (89%) pretende utilizar o dinheiro emprestado para realizar compras, o que pode indicar um aquecimento da economia.
Diante de um contexto de inflação elevada, sobretudo nos alimentos, a cautela das famílias em relação à contração de novas dívidas é evidente. A FecomercioSP destaca a importância do controle financeiro e da análise criteriosa antes de comprometer-se com novos financiamentos.
Fonte: Agência Brasil
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