
Ministro da Fazenda anuncia medidas de ajuste fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou em um café da manhã com jornalistas que o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso é apenas a “primeira leva” de medidas do ajuste fiscal do governo. Haddad destacou que a revisão de despesas será constante e que a decisão de enviar as propostas agora, próximo ao fim do ano, visa reduzir as incertezas em relação ao arcabouço fiscal.
De acordo com Haddad, a escolha de enviar as medidas ao Congresso neste momento se justifica pelo término do ano legislativo, indicando que enviar um pacote mais robusto no próximo ano geraria mais incerteza. Ele ressaltou a importância de submeter ao Congresso o que está pacificado entre os ministérios, o Legislativo e os parlamentares da base, ao invés de esperar por um pacote mais amplo no futuro.
Decisão estratégica
O ministro explicou que faz mais sentido enviar ao Congresso o que já está amadurecido nos debates internos do governo do que aguardar até março, devido às eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado em fevereiro. Haddad enfatizou que a revisão de gastos públicos será uma prática constante daqui para frente, tanto no âmbito federal quanto nos governos locais.
Ele mencionou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) como um exemplo de despesa que cresceu além do previsto nos últimos anos, alertando para a necessidade de revisão constante de gastos. As mudanças nas regras do BPC em governos anteriores levaram a um aumento significativo nos gastos, exigindo uma revisão do programa para garantir sua sustentabilidade.
Impacto dos juros na economia
Em relação ao impacto da elevação dos juros sobre a economia, Haddad descartou a possibilidade de adotar estímulos parafiscais, como saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele afirmou que as projeções oficiais indicam um crescimento de mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, mesmo com a desaceleração da economia.
O ministro destacou que não pretende implementar políticas de estímulo parafiscal, confiando na eficácia do ciclo de alta dos juros para controlar a inflação e impulsionar o crescimento econômico. A projeção de crescimento para o próximo ano é de 2,5%, um ponto percentual abaixo deste ano, refletindo a desaceleração já prevista pelo governo.
Fonte: Agência Brasil
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