
Calamidade climática impacta inflação em Porto Alegre
A calamidade climática que deixou grande parte do Rio Grande do Sul alagada em maio refletiu-se nos preços de produtos e serviços comercializados no estado. No mês passado, a inflação na região metropolitana de Porto Alegre chegou a 0,87%, quase o dobro do índice nacional, que ficou em 0,46%.
Inflação em Porto Alegre
A inflação na capital gaúcha foi a maior apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE.
Para calcular a inflação oficial, o IBGE faz pesquisa de preços em diversas regiões do país, com um peso de 8,61% para a região metropolitana de Porto Alegre.
Itens como batata-inglesa, gás de botijão e gasolina foram os que mais pesaram no bolso dos consumidores porto-alegrenses, contribuindo para o aumento da inflação na região.
Alimentos e bebidas em alta
O grupo de alimentos e bebidas teve uma alta significativa, com destaque para hortaliças, verduras, frutas, pescados, aves, ovos, leite e derivados. Todos esses itens contribuíram para o aumento dos preços e da inflação em Porto Alegre.
Apesar disso, houve grupos de preços que tiveram deflação na capital gaúcha, como artigos de residência, saúde e cuidados pessoais e comunicação.
Coleta no Sul
A situação de calamidade prejudicou a coleta presencial de preços na região metropolitana de Porto Alegre. Cerca de 65% dos dados foram coletados dessa forma em maio, devido às dificuldades causadas pelas enchentes.
O IBGE utilizou a imputação de dados para os produtos que não puderam ter preços coletados, sem distorcer os resultados. Essa técnica estatística é prevista na metodologia de pesquisa do instituto.
Próximos meses
Ainda não é possível prever a tendência da inflação no Rio Grande do Sul e seus efeitos no Brasil, mas fatores como a calamidade vivida no estado podem impactar as cadeias produtivas, a logística de alimentos e bens industriais. A produção agrícola e pecuária também pode ser afetada pelas condições climáticas.
É necessário aguardar para entender como esses eventos afetarão os preços nos próximos meses e como o cenário econômico se desenvolverá no estado e no país.
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